Mini-jogos: uma potencial tática de aquisição?
E como automatizar preparação para reuniões de vendas com IA
Você já viu aqueles jogos com desafios diários, que você faz e manda pros seus amigos pra ver quem foi melhor? Pois é, eu sou viciado neles. Pra quem tá se perguntando, meus jogos do momento são Bandle e Geogrid.
Mas um artigo do Tom Orbach me fez pensar: será que mini-jogos podem ser uma tática viável numa estratégia de aquisição?
Quando você olha para o mercado:
Hoje o LinkedIn vem testando esse formato, como forma de aumentar o engajamento na plataforma
O New York Times basicamente virou uma empresa de mini-games. As pessoas passam mais tempo jogando do que lendo suas notícias.
Ao mesmo tempo, com os avanços de IA o custo de desenvolvimento tem diminuído cada vez mais. Então, com ferramentas como o Artifacts do Claude (Anthropic) e o Projects da OpenAI, você pode fazer um protótipo e enviar para um time de desenvolvimento.
Por que os Mini-jogos funcionam?
Porque são memoráveis, são diferentes dos conteúdos tracionais de marketing, como ebooks, webinars e demos em B2B;
Potencial de viralidade: as pessoas adoram compartilhar suas pontuações e desafiar amigos, o que gera conversas nas redes sociais.
Amor pela marca: Jogos temáticos podem ser uma forma de representar a expertise da sua empresa de uma maneira informal e descontraída.
Como Criar um Mini-jogo para Sua Empresa?
Inspire-se em jogos famosos: Pense em jogos populares como Termo, Flappy Bird ou até mesmo o jogo do dinossauro do Chrome. Faça uma variação desses jogos com a temática específica do seu público.
Foque na viralidade: Crie maneiras para os jogadores compartilharem seus resultados facilmente, incentivando-os a trazer novos usuários para o jogo.
Ache uma forma de educar e engajar: Geogrid te ensina mais sobre geografia, termo te desafia a resolver com menos tentativas possíveis, Flappy Bird se aproveita da competitividade das pessoas para que cada um divulgue sua maior pontuação
Ao integrar essas mini-experiências na sua estratégia, você cria formas lúdicas de posicionar sua marca e gerar identificação com sua audiência. Será que vale colocar um mini-jogo como teste para o próximo ano?
Como automatizar a preparação de reuniões de vendas
Grande parte do dia de um vendedor é se preparar para as reuniões de demonstração e solução. Para isso, eles precisam pesquisar sobre as empresas de suas reuniões, o que pode tomar muito tempo.
Por isso, podemos usar IA para ajudar a agilizar esse processo.
O que vamos fazer:
A cada nova chamada de vendas no calendário, vamos enviar uma solicitação para o Perplexity visitar o site do participante da call, entender o que a empresa faz e sugerir as melhores formas como o nosso produto ou serviço pode ajudar essa empresa específica.
Você vai precisar:
De uma ferramenta de calendário. No caso, usei o Google Calendar por ser amplamente usado;
Perplexity, como ferramenta de IA, com crédito na API. 5 dólares já é jogo e vai durar muito;
Um canal para enviar a sua preparação. Nesse cenário usei o Gmail mesmo, mas pode ser qualquer outro canal, como Slack, por exemplo.
Opcional: use um CRM ou ferramenta de automação de marketing para enriquecer ainda mais os dados da negociação e ter uma resposta mais contextualizada do Perplexity
Passo a Passo da Gambiarra
1. Configuração do Evento no Google Calendar: Crie um evento de vendas na sua agenda. Use um filtro específico no título, como "Reunião de vendas", para acionar o cenário apenas quando necessário.
2. Execução do Cenário: Configure o sistema para rodar em intervalos regulares (por exemplo, a cada 15 minutos). Quando um novo evento é detectado, ele inicia o processo automatizado.
3. Pesquisa e Enriquecimento de Dados: Extraia o email do participante do evento. Use sua ferramenta de CRM ou automação de marketing para enriquecer os dados com informações adicionais disponíveis.
Para extrair a informação de e-mail dos participantes da call, eu usei a seguinte variável do Make:
{{last(split(get(1.attendees; "1.email"); "@"))}}
4. **Preparação com Perplexity**: Utilize a API da IA para visitar o site da empresa alvo e sugerir como seu produto pode agregar valor. Estruture as informações em formato HTML para facilitar a visualização. Aqui está o prompt que eu usei para esse cenário:
Eu tenho uma reunião de vendas marcada com a empresa site: {site}. Pode ajudar a me preparar para a reunião, entre no site dessa empresa e pense nas melhores maneiras que o nosso produto o RD Station Marketing, poderia ajudar a empresa?
Me entregue o resultado em HTML.
Para usar de referência, seguem os principais pontos do RD Station Marketing:
{pontos principais do meu produto}
OBS: Utilize a IA também para gerar uma descrição do seu produto, proposta de valor, público-alvo e use para dar ainda mais contexto para o Perplexity preparar a reunião de vendas
5. Envio do Resumo por Email: Com base nas informações coletadas e processadas, envie um email para si mesmo com um resumo formatado da preparação para a chamada.
Destaques da semana do Growth Digest (e outras leituras)
Elena Verna: How to get started with User-Generated Content - Elena Verna discute a importância do Conteúdo Gerado pelo Usuário (UGC) para SEO e oferece um guia prático para iniciantes. Sugere construir o UGC gradualmente, focando em métricas de oferta e demanda, e destaca como manter a qualidade do conteúdo e estimular a participação dos usuários. A distribuição do UGC é crucial para o sucesso.
Tom Orbach: Are you making this website mistake? - A newsletter de Tom Orbach apresenta três erros de design que podem prejudicar conversões em páginas de checkout e solicitação de demonstrações. Destaca a importância de remover distrações como cores chamativas, logotipos clicáveis e rodapés lotados. Sugere usar imagens em tons de cinza e testar alterações para melhorar a performance.
Achado da semana
Harry Dry: Harry é uma das mais referências de marketing e copywriting, mais conhecido pelo seu site Marketing Examples, uma grande biblioteca de exemplos práticos de marketing sobre aquisição, copywriting e outras táticas fora do playbook tradicional.
Um dos conteúdos que mais me chamaram a atenção do Harry foi sua participação no podcast "How I Write"onde ele faz um grande compilado do que ele acredita ser os princípios para se peças memoráveis para o seu público. Sério, esse podcast é ouro após ouro.