O que é "Build In Public" e como usar no marketing da sua empresa
Build In Public inicialmente ficou famoso no Twitter dentro da comunidade indie hacker e se refere a “Construir em público”.
Esses indie hackers são desenvolvedores que criavam ferramentas e produtos sem o propósito de ter grandes taxas de crescimento, altas rodadas de investimento. Eles queriam criar um produto que gerasse valor e uma empresa que se mantivesse enxuta, muitas vezes apenas com o desenvolvedor como “empregado” da empresa.
Uma das formas que esses desenvolvedores acharam de ganhar tração inicial para seus projetos foi documentando a jornada de construção dos seus produtos em público, nas redes sociais. Seja uma atualização nova, ou algum desafio, essas pessoas escrevem sobre o seu processo de empreender nas redes sociais e isso gera mais exposição e vendas para os seus próprios produtos.
Exemplos de casos mais outliers de sucesso é o Peter Levels, que fatura mais de 200 mil dólares por mês, tem mais de 600 mil seguidores no twitter e chegou a escrever um livro sobre como se tornar um indie hacker. Outro exemplos são o Marc Louvion, que hoje fatura mais de 40 mil doláres por mês pelos seus projetos, e aqui no Brasil o que eu mais acompanho é o Tiago Costa, que tem um instagram chamado @construindoumastartup. Ou seja, literalmente Build in public.
No Linkedin, tem sido usado um termo “founder-led sales” como uma forma de Build in public. De forma resumida, os fundadores produzem conteúdo e documentam sua jornada no Linkedin e isso gera educação de mercado, geração de autoridade e pipeline de vendas para suas empresas. Exemplo famoso é o Adam Robinson e no Brasil os fundadores da Getdemo vem fazendo um trabalho bem interessante no Linkedin.
Essa tática funciona porque:
Mesmo em B2B, pessoas se conectam com pessoas: quando o dono do projeto compartilha o processo de construção do seu negócio de forma pública, isso gera um sentimento maior de identificação com o seu público, por colocar um “rosto” na empresa que está sendo construída;
O Build in public é como você acompanhar um reality show da Jornada do Herói: acompanhar um empreendedor lutando para validar sua ideia, construir um negócio do zero e eventualmente ter sucesso lembra o framework já conhecido da Jornada do Herói. Só que nesse caso, é uma história real. Tudo bem, pode ser que o empreendedor não tenha sucesso, o ponto principal é que você está sendo convidado para uma aventura e isso por si só prende a atenção;
Como aplicar na sua empresa
Geralmente essa tática de build in public funciona em empresas de estágio bem inicial de crescimento, praticamente para ir do 0 ao 1. Então, na medida em que a empresa cresce, ela precisa achar canais mais escaláveis.
De qualquer forma, essa tática pode ser usada de algumas formas para empresas maiores:
Primeiro, as pessoas se conectam com pessoas: incentive as pessoas da sua empresa a falar sobre suas experiências e pontos de vista sobre o produto da sua empresa. Com certeza vai ser um conteúdo mais autêntico e fácil de se identificar com o público do que posts direto da página da empresa.
Por que você não se torna o primeiro exemplo de Build In Public da sua empresa? Ao produzir conteúdo e documentar as suas experiências e aprendizados, você gera autoridade para você profissionalmente e para a sua empresa. O The Loop, por exemplo, pode ser considerado um espaço onde eu faço o Build In Public. Na medida em que eu compartilho o que venho fazendo na RD, gero mais autoridade para o meu perfil profissional enquanto reforço a autoridade da RD como uma marca educadora no mercado. Win-win!
Destaques do Growth Digest da Semana
The definitive framework to find your next scalable user acquisition channel Autora: Sandy Diao
A newsletter de Sandy Diao apresenta um framework para identificar canais de aquisição de usuários escaláveis, ressaltando a importância de alinhar as vantagens do produto às estratégias de marketing. Ela enfatiza a necessidade de focar em 1-2 canais que impulsionam a maior parte do crescimento, evitando a dispersão.
Guide to signal-based campaigns Autora: Emily Kramer
A última newsletter de Emily Kramer discute campanhas baseadas em sinais, que utilizam dados em tempo real para otimizar campanhas outbound. A autora enfatiza a importância de uma abordagem focada em contas, recomendando segmentação e personalização, além de alertar sobre os riscos de abordagens genéricas. Exemplos práticos e estruturação de CRM são destacados.
Good and bad growth job descriptions Autora: Elena Verna
Elena Verna analisa descrições de cargos de growth, destacando que muitos são uma mistura de responsabilidades que não refletem o verdadeiro papel de growth. Ela fornece exemplos de descrições ruins e boas, enfatizando a importância de uma definição clara para evitar expectativas irreais e confusão nas funções.